Onde queres que estejas Mário Portugal a tua memória perdurará para sempre!
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Até sempre Mário Portugal!
Onde queres que estejas Mário Portugal a tua memória perdurará para sempre!
quinta-feira, 10 de junho de 2010
E SURGIU UM DIA ESPECIAL
Para Engenhocando2.blogspot.com
e-mail ct1dt@sapo.pt
Por esta é que eu não estava à espera !
Mas para que desejaria outras imagens e de melhor qualidade?
E pedia uma foto de mim em novo... e depois outra um pouco mais velho, e uma da minha falecida esposa… Que diabo estaria ela a fazer?
E um dia ela confessou-me de que havia gostado tanto dos meus escritos, que aquilo devia ser impresso em livro!
Ainda fiquei mais surpreendido, por adivinhar um trabalho tremendo, para dar uma reviravolta nos mais de 100 artigos publicados porque as crónicas estavam salteadas, e umas vezes falava dos tempos da minha Escola Primária, outras de episódios em adulto e outros muito mais velho, e havia que lhes dar uma sequência no tempo para se tornarem simples e agradáveis de ler.
- Oh Ana! - dizia-lhe eu - Isso é tão complicado que lhe vai rebentar com a paciência!
Mas como ela sempre foi muito persistente, foi para a frente com o projecto, lendo e relendo, chegando ao ponto de pedir ao marido, o Sr. António Figueiredo, que lhe lesse muitas das crónicas, para ela ir observando e tomando nota da "doçura" necessária a implantar.
Mas um dia, de conversa com um nosso comum amigo, o Silvio Leiria, também radioamador mas com indicativo CT1BPT, e que já havia empurrado a ARR (Associação dos Radioamadores do Ribatejo) e outros colegas para colocarem o meu falecido irmão Carlos Mar Bettencourt Faria como patrono desta associação, e sabendo ele do que estava a fazer a Ana Ramon, achou que seria interessante fazer-me uma homenagem oficial e aproveitar esta oportunidade, para distribuir alguns exemplares da minha obra do ENGENHOCANDO, por aqueles que estivessem interessados.
A Ana ia morrendo de susto, pois ainda não tinha acabado o seu projecto, mas logo aderiu à ideia e vai de "carregar no acelerador a fundo", para que nesse dia 6 de Junho, essa homenagem fosse possível...
Conseguiu que uma tipografia lhe fizesse um preço razoável e depois de lhe entregar o trabalho, deslocou-se uma série de vezes para acompanhar de perto toda a execução e poder corrigir tudo o que fosse necessário.
E tudo em grande segredo! Isto é que ela é uma Mulher !
Mas ela e o Silvio não me queriam mostrar nada do livro para a minha surpresa ser ainda maior. E somente me apresentaram um, poucos dias antes da homenagem para eu poder ler antes dos outros.
O Sílvio foi abordar o Presidente da Câmara de Benavente, Sr. José Ganhão, para ver a possibilidade de seguirem com esse evento usando o Cine Teatro de Benavente e depois o Parque de Campismo para um piquenique festivo.
"Ainda bem que me lembra isso, porque também estou interessado em oferecer-lhe uma medalha pelos bons serviços prestados à Protecção Civil " – disse o Presidente da Câmara.
Convidaram mais de 20 associações e todos os radioamadores possíveis, para estarem em Benavente, o que veio a acontecer na data prevista, com mais de 300 pessoas, estando na mesa de honra o Presidente da Câmara de Benavente, José Ganhão, a engenheira Luisa da ANACOM, o engenheiro Adelino da revista QSP e um velho amigo já laureado e da minha idade, o meu amigo professor Martinho e... eu, claro!
O meu amigo Sílvio, foi o Mestre de Cerimónias e tinha tudo bem controlado, usando um valente projector de cinema com imagens retiradas dos meus blogues e que foram muito aplaudidas.
No fim dos discursos, eu pedi uma salva de palmas para a minha grande e adorável amiga Ana Ramon e esta foi convidada para subir ao palco e fazer os seus comentários sobre a minha pessoa... e levando também muitas palmas.
No final dos discursos, todas as pessoas se dirigiram para a mesa onde estavam expostos vários exemplares do “Engenhocando” para os adquirir
e depois subiam ao palco para me pedirem para autografar.
Seguidamente dirigimo-nos para o parque de Campismo, onde já estava um porco a ser assado e foi um momento de grande confraternização e alegria
O CT4QP fez a reportagem fotográfica de todos os acontecimentos e estou confiante de vir a possuir um CD, para eu poder recordar, assim como a minha numerosa família, os vários momentos daquele evento tão raro na vida duma pessoa tão simples como eu sempre fui e sou.
Bem espero que não venha isto a ser o "Canto do Cisne".
E os amigos que pretendam adquirir o livro, podem entrar neste endereço: http://www.ct1arr.org/ e clicar em cima do livro para poder proceder á encomenda.
segunda-feira, 15 de março de 2010
...E O MEU FIM PARECIA À VISTA
Eu sinto-me mais ou menos como este galo, meio depenado mas altivamente de pé, embora no meu caso quase só com a cabeça a funcionar.
O meu corpo está praticamente destruído, esfrangalhado, como se atacado por uma matilha de cães que me tivesse arrancado as minhas coloridas penas!
Como terei aguentado tantas ataques na vida e ainda conseguir manter a cabeça direita, além deste meu olhar brilhante?
Há poucos meses, apanhei uma constipação tremenda e o médico receitou-me um antibiótico de Amoxicilina+Ácido Clavulânico, que, pelos vistos, reagiu muito mal com a vacina Pulmonar-OM que eu tinha tomado em Setembro, uns meses antes.
Deste encontro da vacina com antibiótico, resultou uma tal perda de forças que me dava a impressão de que o ar que respirava não tinha o oxigénio necessário.
Nem de pé me conseguia manter mais que uns segundos: ou me sentava ou caía no chão!
Seria que me estava a reaparecer a tuberculose dos meus dezassete anos, em que o meu médico me dava uns seis meses de vida, quanto muito?
Seria que tinha chegado a altura preconizada há quarenta anos, de que eu não teria mais que seis meses de vida por ter as glândulas supra-renais destruídas?
Seria o regresso da hipoglicémia que há trinta e cinco anos me deixou de pele e osso em poucos dias?
Seria agora que o meu coração com as suas falhas e extra-sístoles, iria parar de vez ?
Seria tudo junto a dar origem a esta falta enorme de força que nem me aguentei de pé para tirar uma radiografia ao tórax?
Nunca me havia acontecido uma coisa destas e estive seis horas a ser observado no hospital, ligado a uma máquina de oxigénio, sem que os médicos encontrassem uma explicação plausível, pois todas as análises estavam com os valores correctos.
O médico aconselhou-me a aspirar profundamente Spiriva, todos os dias e até ao resto da minha vida, pensando talvez que eu não duraria mais de um mês.
Mas mesmo perante tão mau prognóstico clínico, eu só pensava em descobrir um método alternativo que, mesmo já "sem penas bonitas no corpo" ainda conseguisse aguentar-me vivo, eu que tanto amo a vida, por mais algum tempo!!
Depois de não ver qualquer efeito com a inspiração diária do Spiriva, lembrei-me então que tinha o meu aparelho de ondas curtas, o mesmo que tinha salvo aquela criança que descrevi na minha crónica "E a criança mal podia respirar".
Comecei a auscultar-me e ao ouvir o som dos meus pulmões, notei bem o quanto eles estavam a necessitar da ajuda das ondas de rádio.
Afinal, eu até tinha tido sucesso das outras vezes e mais recentemente numa dor quase constante no maxilar que me apanhava todo o lado esquerdo até ao ouvido e que consegui que desaparecesse de um dia para o outro…
Comecei a aplicar as ondas curtas e logo comecei a sentir melhoras, embora o caminhar é que estivesse mais difícil de recuperar... arrastava os pés, tropeçava em tudo e notava que as pessoas me olhavam entristecidas, certamente a pensar: Desta vez é que o Mário não se aguenta!
Mas felizmente todos se enganaram mais uma vez.
Muito lentamente comecei a melhorar e até a conseguir erguer pesos com mais de vinte e trinta quilos!
Mais tarde tive consulta no cardiologista que se admirou do coração ter um batimento calmo e regular, conseguindo dormir oito horas seguidas.
O médico esteve a ver as análises e exames que levei, um deles até com a informação de aneurisma aórtico intestinal, depois olhou para mim, com certo ar de gozo e disse:
- Vou marcar novo exame para daqui a 3 meses! Mantenha o Fositen para a tensão arterial, Aspirina 100mg, Mylan e o Diazepam para um sono tranquilo.!
E cá estou eu novamente no meu querido blog, na companhia de tantos e tantos amigos que consegui conservar desde há muitos anos, a saborear os tão amáveis comentários que sempre me vão enviando, até porque toda a gente gosta de receber carinho, seja rico ou pobre, novo ou velho, mesmo que o tempo passado o faça parecer um "galo depenado".
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
AFINAL SOMOS TODOS CULPADOS (7)
Crónica nº.117 de Fevereiro de 2010
mail ct1dt@sapo.pt
A televisão, desde o início da tempestade que assolou a ilha da Madeira, nos últimos dias, tem mostrado a cidade do Funchal, como uma coisa nunca vista, mas esta ilha, de altura imensa, sempre foi atingida por estas correntes de água, a que os madeirenses já estão habituados, desde sempre. Basta lembrar que a sua enorme altura, que chega a dar a impressão de que começa no Céu, possui o perigo de encaminhar as suas correntes de água, por caminhos apertados . Os madeirenses aproveitam o grande declive das encostas para transportar pessoas em pequenos trenós sem rodas e patins de aço. Dois valentes homens, agarram o trenó com suas cordas e o vão encaminhando ladeira abaixo, até chegarem à cidade do Funchal, e os seus ocupantes se maravilhando com todas as paisagens e perfumes por onde passam, além de vistas maravilhosas.
Sobre a vista deslumbrante desta formosa ilha, olhada do mar, eu fiz referência na crónica "E o vapor aguentou-se".
Eles sabem que em chovendo qualquer coisa podem surgir quebradas e a"brincadeira" do escorrega acaba, mas dada a inclinação e empedrado das ruas, é só esperar algum tempo, até que estas fiquem limpas e tudo volta ao mesmo. Os carros de cesto e os trenós são levados por bois, lá para o alto e aproveitando a viagem, para outras coisas. Isto era antigamente. Hoje o transporte de trenós para cima é feito por camioneta. A muita água das chuvas e outra das nascentes é recolhida por levadas , construídas pelo homem. As águas destas levadas são aproveitadas para serem desviadas para irrigação dos campos, mas se vierem com força demais, passam para as ribeiras e podem produzir "quebradas" e é o que a TV nos tem mostrado.
Por causa da orografia da ilha, eles construíram as habitações em forma de presépio, desde o Oceano Atlântico aos cumes mais altos de centenas de metros.
O Governo da Madeira, sabia perfeitamente que não havia estradas à volta da ilha e de há anos para cá, enfrentou um grandioso e caro projecto de furar montanhas e colocar pontes em sítios estratégicos, já sabendo dos perigos que iria enfrentar, no caso do aparecimento destas quebradas.
Mas isto não acontecia há 160 anos e assim, muitos pescadores à volta da ilha, foram construindo aldeias sem comunicação umas com as outras e só a pé, por montes e vales, se poderia chegar a qualquer lado, ou por barco, se o mar o permitisse, mas sempre com muita atenção às quebradas .
Talvez seja curioso anotar aqui, que a minha família oriunda desta ilha e da freguesia Madalena do Mar, conseguiu sobreviver a uma catástrofe ainda pior do que esta actual do Funchal, onde teriam morrido muitas centenas de pessoas e sem poderem receber ajuda nem pelo ar.
A minha bisavó se chamava Bettencourt e meu bisavô Leça. Desta união surgiram 13 filhos e mesmo indígenas daquela freguesia, quase todos tiveram cursos superiores, como médicos e eclesiásticos, todos com veia científica, que se espalharam pelo mundo, incluindo o Brasil.
Estava o mundo a passar por um período de grande agitação atmosférica, talvez devido à colocação do planeta Vénus, entre a Terra e o Sol, facto que só aconteceu em 1882 como agora está a acontecer em muitos sítios do Mundo.
Este facto, na ilha de S.Miguel, nos Açores, dava como origem a que todos os anos, por altura de chuvas violentas, a enorme Lagoa das Sete Cidades se enchia de tal forma, que todas as casas existentes na sua freguesia das Sete Cidades, ficavam submersas, até que há 90 anos, o Governo de S.Miguel, resolveu construir um túnel que escoa para o Oceano Atlântico, todas as águas além de um certo nível de segurança, e a freguesia se desenvolveu imenso, tornando-se um dos sítios mais belos e aprazíveis do Mundo !.
Ao fundo deste canal, agora belo e verdejante, logo agarrado às lagoas, existe a entrada para o túnel que deu origem a vários acidentes graves, por descuido dos operários.
Eu tinha 8 anos de idade, mas lembro-me muito bem, por meu avô ser médico, e o ter de ajudar em complicadas operações, o que descrevi na minha crónica "Um enfermeiro em miniatura".
Devido a estas chuvas, o enchimento da lagoa, era muito lento e dava tempo a que toda a gente procurasse pontos mais altos para viver, levando consigo tudo o que se poderia estragar com a água.
De lembrar que nesta época, não havia nada eléctrico, em casa alguma e era só deixar a água subir, perfeitamente límpida, e muito lentamente, até cobrir os telhados. Umas semanas depois, ou até meses, quando esta água se evaporava, era só voltar cada um às suas casas e pô-la em estado de lá poder viver ! Entretanto, as pessoas iam vivendo e pescando, para se alimentar.
Quase nada se estragava, mas actualmente, como o nível da água está limitado pelo túnel, tudo mudou e se tornou numa linda freguesia, com tudo o que é necessário de conforto.
Ou seja, TODOS SOMOS CULPADOS, por tudo o que nos vai acontecendo, muitas vezes por falta de respeito pelos sítios escolhidos para as habitações e a sua defeituosa construção.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
AFINAL SOMOS TODOS CULPADOS...( 1 )
ASSIM NÃO SE ENTENDE...
Crónica nº. 111 Janeiro de 2010
e-mail ct1dt@sapo.pt
Quando se vê por todos os lados, tantos cuidados, em preparar as pessoas, para dificultarem o contágio das gripes, fico sempre amargurado, quando vejo na TV, aquela menina a espirrar para cima das pessoas e de tudo o que lá está, e depois engolir um comprimido de CEGRIPE, e continuar a servir as pessoas...toda sorridente...
Depois vem outro reclame ao Antigripine e à Aspirina, ou ao Mucosolvan, que limpa tudo, como um aspirador altamente potente... e que toda a gente pode tomar, quer seja um bébé ou um velho...
Se não fosse a menina a espirrar e ficar satisfeita com um golo de água, sem ligar nada ao que tinha acabado de fazer, talvez me contivesse de comentar, mas me parece que já era tempo de ela desaparecer, porque está a fazer uma péssima propaganda...
Outros "tóxicos" também eram usados sem qualquer problema, e até com grande fama, como revigorantes, juntos com vinhos.
Ou até este, que usa a imagem de um Papa, para dar mais força à droga...
Se o Alecrim, é uma planta tão agradável de beber em chá, e de efeitos tão benéficos para a saúde, porque será que nunca foi considerado uma droga ?
Não seria melhor juntar uma pitada das drogas acima indicadas, a um bom vinho, e torná-lo útil à saúde , com foi ha mais de 100 anos ?
E permitir que algum seja conservado como medicamento ?
O português, sempre foi de 8 ou 80... e ainda fez uma certa pressão à entrada do euro, nas nossas vidas, mas o que é certo é que um simples rebuçado, custa 200$00, como se o açúcar tivesse subido a estes valores...
Chego a achar graça quando ouço alguém a dizer que UM EURO, é coisa baratíssima...
Eu, como sou dos velhos tempos, ainda não me habituei a ver euros como escudos, e ainda dedico umas horas, a reparar uma maquineta qualquer, que quase toda a gente prefere mandar ao lixo, sem sequer saber se vale a pena reparar, como ainda há pouco tempo aconteceu a uma senhora que precisava urgentemente da minha "varinha mágica" e já estava pronta a enviá-la para o lixo, quando fui descobrir que uma escova estava a fazer mau contacto e era só necessário substituí-la, para voltar a ficar como nova.
Já a mesma coisa acontece com certos frutos, como a anona, que se vende a mais de 800$00 o quilo, e embora adore esse fruto, prefiro deixá-lo de lado, porque sinto ser um roubo, pedir esta verba por um destes pequenos mas pesados frutos, e até me iria saber mal, o estar a "comer" tanto dinheiro...
Mas o que é certo, é que já não se vê ninguém a protestar quando tem de pagar pela água de beber, ao preço da gasolina e depois protesta que o ordenado não dá para nada...