Naquele dia em que a gerência da empresa onde eu trabalhava há muitos anos, a Rádio Free Europe, desejou oferecer um almoço à entidade máxima que estava a visitar Portugal, foram convidados todos os chefes de Serviço e suas esposas.
Como eu estava nessa altura, a chefiar a técnica do Centro de Recepção, também fui convidado e lá fomos todos para uma grande sala em Lisboa, onde haviam colocado uma data de mesas em linha, e às tantas, lá começou o grande almoço e muita conversa entre toda a gente.
Aquilo até estava interessante, mas como eram vários pratos, o almoço nunca mais acabava e às tantas, com toda a gente satisfeita, comecei a ver um certo enjoo e até alguns bocejos mal disfarçados, tanto dos homens como das mulheres…
É certo que a chefia continuava de amena conversa, mas como era muita gente, a maioria de nós não ouvia nada do que eles estavam a falar e nem nos podíamos levantar da mesa… tinhamos mesmo de aguentar…até a chefia dar por fim aquele imenso almoço e começarem as despedidas…
A um lado da enorme sala, havia um estrado onde se encontrava um belo piano e uma bateria, mas o silêncio era tal, que mais parecia um dia de velório…
Aquilo estava mesmo chato de aturar !
Aí lembrei-me que talvez não fosse uma grande asneira, ir tocar em surdina, umas músicas românticas e muito baixinho, e lá me aventurei e fui.
Naquela altura, eu sabia de cor, tocar uma data de músicas românticas, de ouvido, em especial brasileiras, como algumas da Maysa Matarazo, como aquele “Hoje eu quero a rosa mais linda que houver…”, ou “Ninguém me ama..:”, ou “Meu mundo caiu “, ou “Besame Mucho”, “Eu não existo sem você”, etc. e carregando no pedal da surdina, além de muito baixinho, comecei a tocar aquelas minhas músicas favoritas.
Eram slows, valsas, tangos, foxes, mas mal comecei a tocar, vejo subir para aquele palco, um jovem que se sentou na bateria e começou a fazer-lhe “festas”, fazendo ritmo que me vinha ajudar e bem. Até parecia que eu sabia de música…
Mal sabia aquela malta, que eu só tocava em tom de Fá maior e menor… e até ouvia muitas senhoras a cantarolar baixinho aquelas músicas tão em voga naquela altura…
As músicas entravam umas a seguir às outras, brincando com o teclado e arrancando dele os meus melhores sons. Aquilo era uma delícia !
Sentado ao piano, eu ficava de costas para a grande sala, mas às tantas, pareceu-me ouvir um sussurro nas minhas costas e quando olhei, fiquei pasmado, pois todos os casais da nossa mesa e de outras, se tinham levantado e estavam a dançar …
Tendo ficado muito mais a-vontade, tirei o pé esquerdo da surdina e levantei mais o som, sendo seguido de imensas palmas, de que não estava nada à espera…
Aquele “fim de festa”, até parece que acabou em grande, com tanta alegria de todos aqueles casais já cansados de esperar pelo seu fim e tudo acabou em bem. Realmente, até parecia que toda a gente estava à espera de um pouco de música...
Como eu estava nessa altura, a chefiar a técnica do Centro de Recepção, também fui convidado e lá fomos todos para uma grande sala em Lisboa, onde haviam colocado uma data de mesas em linha, e às tantas, lá começou o grande almoço e muita conversa entre toda a gente.
Aquilo até estava interessante, mas como eram vários pratos, o almoço nunca mais acabava e às tantas, com toda a gente satisfeita, comecei a ver um certo enjoo e até alguns bocejos mal disfarçados, tanto dos homens como das mulheres…
É certo que a chefia continuava de amena conversa, mas como era muita gente, a maioria de nós não ouvia nada do que eles estavam a falar e nem nos podíamos levantar da mesa… tinhamos mesmo de aguentar…até a chefia dar por fim aquele imenso almoço e começarem as despedidas…
A um lado da enorme sala, havia um estrado onde se encontrava um belo piano e uma bateria, mas o silêncio era tal, que mais parecia um dia de velório…
Aquilo estava mesmo chato de aturar !
Aí lembrei-me que talvez não fosse uma grande asneira, ir tocar em surdina, umas músicas românticas e muito baixinho, e lá me aventurei e fui.
Naquela altura, eu sabia de cor, tocar uma data de músicas românticas, de ouvido, em especial brasileiras, como algumas da Maysa Matarazo, como aquele “Hoje eu quero a rosa mais linda que houver…”, ou “Ninguém me ama..:”, ou “Meu mundo caiu “, ou “Besame Mucho”, “Eu não existo sem você”, etc. e carregando no pedal da surdina, além de muito baixinho, comecei a tocar aquelas minhas músicas favoritas.
Eram slows, valsas, tangos, foxes, mas mal comecei a tocar, vejo subir para aquele palco, um jovem que se sentou na bateria e começou a fazer-lhe “festas”, fazendo ritmo que me vinha ajudar e bem. Até parecia que eu sabia de música…
Mal sabia aquela malta, que eu só tocava em tom de Fá maior e menor… e até ouvia muitas senhoras a cantarolar baixinho aquelas músicas tão em voga naquela altura…
As músicas entravam umas a seguir às outras, brincando com o teclado e arrancando dele os meus melhores sons. Aquilo era uma delícia !
Sentado ao piano, eu ficava de costas para a grande sala, mas às tantas, pareceu-me ouvir um sussurro nas minhas costas e quando olhei, fiquei pasmado, pois todos os casais da nossa mesa e de outras, se tinham levantado e estavam a dançar …
Tendo ficado muito mais a-vontade, tirei o pé esquerdo da surdina e levantei mais o som, sendo seguido de imensas palmas, de que não estava nada à espera…
Aquele “fim de festa”, até parece que acabou em grande, com tanta alegria de todos aqueles casais já cansados de esperar pelo seu fim e tudo acabou em bem. Realmente, até parecia que toda a gente estava à espera de um pouco de música...
1 comentário:
Como sempre um artista com dotes facetados. Quando nos conta aqui´as suas experiências com as tintas de óleo e do contraplacado a imitar a tela ?
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