«PASSADO ESQUECIDO OU NEM LEMBRADO...»
Crónica nº.116 Janeiro 2010
e.mail ct1dt@sapo.pt
Actualmente, vão aparecendo nos ecrãs da nossa TV, reportagens de "grandes novidades" científicas, como foros de revolucionárias, normalmente provindas de gente jovem, talvez por não terem tido acesso à literatura já publicada há muitos anos.
Ás vezes, para não dizer sempre, são referentes a medicinas alternativas que, cada dia mais, aparece alguém a entusiasmar-se.
Na imagem seguinte, podemos ver a capa dum Tratado sobre as Ondas Curtas, onde metade se dedica à explicação científica de um engenheiro, de nome Carlos Lamarque, onde ele se debruça sobre os vários circuitos e suas explicações científicas, em especial na mira de se conseguirem frequências cada vez mais altas, o que naquela época, não era nada simples...
Estamos a falar de 1939.
Na actualidade, dada a continuação dos melhoramentos dos equipamentos, bastam 5 ou 10 Watt, para se poderem obter espectaculares resultados... e no presente blogspot, o leitor pode consultar o artigo " E a criança mal podia respirar", filho dum médica, onde poderá verificar que até 5 Watt e em 5 minutos, foi o suficiente para "abrir" um pulmão que se encontrava bloqueado há muito tempo e só usando bronco-dilatadores, como o SPIRIVA, que muitas vezes não era suficiente e a criança tinha de ser transportada rapidamente a um hospital, para aplicação de oxigénio.
Um gerador destas ondas, pode ser visto a seguir, e de construção caseira.
Como se pode ver, ele é alimentado com tensão alterna, pelo que o seu funcionamento é por impulsos de 50 Hz, na frequência duma placa diatérmica de nome "PORTUGAL", que só funciona numa frequência de 7 milhões de Hz, (7 MHz) de cada vez que a placa da válvula é alimentada com meio ciclo dos 50 Hz da rede.
Essa placa é mostrada a seguir e é do tamanho dum cheque vulgar.
A sua aproximação da pele do paciente, dá origem a uma mudança da sua frequência de ressonância, e que obriga o operador a procurar a sua nova frequência, actuando no condensador C3, até ver o ponteiro do medidor, cair a zero, indicando que se encontrou a nova frequência.
Assim, as ondas de radiofrequência, vão diminuindo de intensidade, de fora para dentro, já não havendo o perigo de aquecimento de algum órgão interno.
Como se pode ver, ela ainda não está ligada ao cabo coaxial que lhe transporta a energia de radiofrequência, aquela energia que não se vê, nem se cheira, mas de que tanto o nosso organismo é ávido.
1 comentário:
Gostei imenso deste trabalho e como radioamador que , tal como dezenas de outros, tem a sua placa diatérmica , posso garantir que funciona mesmo. Um abraço
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