sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

« AFINAL SOMOS TODOS CULPADOS ( 6 )

«PASSADO ESQUECIDO OU NEM LEMBRADO...»

Crónica nº.116 Janeiro 2010



Actualmente, vão aparecendo nos ecrãs da nossa TV, reportagens de "grandes novidades" científicas, como foros de revolucionárias, normalmente provindas de gente jovem, talvez por não terem tido acesso à literatura já publicada há muitos anos.

Ás vezes, para não dizer sempre, são referentes a medicinas alternativas que, cada dia mais, aparece alguém a entusiasmar-se.

Na imagem seguinte, podemos ver a capa dum Tratado sobre as Ondas Curtas, onde metade se dedica à explicação científica de um engenheiro, de nome Carlos Lamarque, onde ele se debruça sobre os vários circuitos e suas explicações científicas, em especial na mira de se conseguirem frequências cada vez mais altas, o que naquela época, não era nada simples...

Estamos a falar de 1939.

Trata-se de uma obra espantosa de interesse sobre o uso das Ondas Curtas na medicina e que, quase no final, o Dr. Angel Roffo, nos apresenta duas ratas, em que foram injectados produtos cancerígenos, e que desenvolveram tremendos cancros. A seguir, 6 ratas em que o mesmo produto cancerígeno, foi aplicado, mas depois de ter estado por próximo de um campo de ondas de rádio, e onde se pode ver que nenhuma desenvolveu cancro.




De notar que os Equipamentos de radio, nesta altura, eram do estilo mostrado em cima, e que se baseavam em enormes potências, da ordem dos 200 e 300 Watt, porque só se acreditava que se poderia tirar proveito clínico mais fácil, com estas potências e gerar mais calor interno. Os pacientes eram colocados entre esses dois discos (condensador), mas se verificou mais tarde, que havia órgãos, como os pulmões, que não possuindo nervos, podiam ser aquecidos demasiadamente, sem que os pacientes sentissem calor, o que poderia resultar em queimaduras internas.

Na actualidade, dada a continuação dos melhoramentos dos equipamentos, bastam 5 ou 10 Watt, para se poderem obter espectaculares resultados... e no presente blogspot, o leitor pode consultar o artigo " E a criança mal podia respirar", filho dum médica, onde poderá verificar que até 5 Watt e em 5 minutos, foi o suficiente para "abrir" um pulmão que se encontrava bloqueado há muito tempo e só usando bronco-dilatadores, como o SPIRIVA, que muitas vezes não era suficiente e a criança tinha de ser transportada rapidamente a um hospital, para aplicação de oxigénio.

Um gerador destas ondas, pode ser visto a seguir, e de construção caseira.

A criança, depois da segunda sessão, nunca mais teve falta de ar e já se passaram 5 anos, tendo-se desenvolvido imenso e além de muito bom estudante, se tornou um bom desportista.

Como se pode ver acima, trata-se de um circuito de extrema simplicidade, para qualquer radiotécnico e onde a capacidade C3, poderá ser muito melhorada, com o uso dum condensador variável , entre os 1 e os 20 pF, de isolamento superior a 500Volt, e por isso, com as suas placas metálicas, distanciadas mais de um milímetro.


Como se pode ver, ele é alimentado com tensão alterna, pelo que o seu funcionamento é por impulsos de 50 Hz, na frequência duma placa diatérmica de nome "PORTUGAL", que só funciona numa frequência de 7 milhões de Hz, (7 MHz) de cada vez que a placa da válvula é alimentada com meio ciclo dos 50 Hz da rede.

Essa placa é mostrada a seguir e é do tamanho dum cheque vulgar.

Ela tem de ser isolada da pele, porque embora fria, ela queima, se se lhe tocar, por estar perfeitamente sintonizada aos 7 milhões de Hz.
A sua aproximação da pele do paciente, dá origem a uma mudança da sua frequência de ressonância, e que obriga o operador a procurar a sua nova frequência, actuando no condensador C3, até ver o ponteiro do medidor, cair a zero, indicando que se encontrou a nova frequência.
Assim, as ondas de radiofrequência, vão diminuindo de intensidade, de fora para dentro, já não havendo o perigo de aquecimento de algum órgão interno.

Como se pode ver, ela ainda não está ligada ao cabo coaxial que lhe transporta a energia de radiofrequência, aquela energia que não se vê, nem se cheira, mas de que tanto o nosso organismo é ávido.

1 comentário:

Joaquim Nogueira disse...

Gostei imenso deste trabalho e como radioamador que , tal como dezenas de outros, tem a sua placa diatérmica , posso garantir que funciona mesmo. Um abraço